quarta-feira, 27 de outubro de 2010

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Amostra sem valor
Eu sei que o meu desespero não interessa a ninguém.
Cada um tem o seu, pessoal e intransmissível:
com ele se entretém
e se julga intangível.

Eu sei que a Humanidade é mais gente do que eu,
sei que o Mundo é maior do que o bairro onde habito,
que o respirar de um só, mesmo que seja o meu,
não pesa num total que tende para infinito.

Eu sei que as dimensões impiedosos da Vida
ignoram todo o homem, dissolvem-no, e, contudo,
nesta insignificância, gratuita e desvalida,
Universo sou eu, com nebulosas e tudo.

(António Gedeão)

4 comentários:

Vilma disse...

Lindo poema!
Cada ser é mesmo um universo.
Cada um de nós é único.
E a mais maravilhosa de todas as coisas, é que cada um tem valor único perante o Criador!
PAra Ele, cada um de nós tem valor!
Nesta imensidão de espaço e tempo, pensar que Ele, que é eterno e infinito, valoriza cada um de nós, na nossa insignificância, dando-nos significância, deixa-me sempre cheia!
Um big xi-corazón!

Dulce disse...

O meu Gedeão! :)

R disse...

Vi à pouco que passaste pela Mansarda e que achaste graça ao comentário do Carlos Albuquerque, mas não viste que num comentário meu, te ofereci um cargo a ti e que vais ser tu a escolher. Vai lá ver, para te rires mais. Aqui os cargos são à lista.

Anna^ disse...

Vilma,
ou não fosse um poema do Gedeão :)

Dulce,
também sou fã dele :)

Mariinha,
eu fico-me por um cargo de Ministra sem pasta ahahahahahahah ;)

beijo às três meninas :*